ISABEL MODERCIN – Minha trajetória na meliponicultura começou em 2003. As abelhas entraram na minha vida como um caminho para o diálogo com os povos indígenas. Quando comecei a criá-las pensava em testar a viabilidade da meliponicultura como parte de um sistema sustentável de produção de alimento. Com o tempo, as andanças pelas aldeias me ensinaram que as abelhas são mestras. E que mel é apenas mais uma das coisas importantes sobre a vida delas.

Atuei em todas as áreas da meliponicultura desde a elaboração de projetos à educação infantil e o empreendedorismo, o que me deu uma visão ampla da atividade tanto em seus aspectos ecológicos quanto sociais e econômicos. Sou meliponicultora, produzo mel e própolis de Uruçu (Melipona scutellaris) desde 2005. Pesquiso as interações entre as abelhas e a paisagem e como diferentes povos compreendem esta relação. Comecei a ensinar em 2009 e em 2020 fundei a Escola de Meliponicultura para promover formação online e fomentar ações em prol das abelhas nativas sem ferrão.